Hospital das Clínicas vai estrear rede 5G
23/03/2022

A Claro está estreando sua rede 5G na sala de cirurgia robótica do centro cirúrgico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A operadora está usando a frequência de 2,5 gigahertz (2,5 GHz) adquirida no leilão de 5G para implantar, com a Embratel, a tecnologia por meio de um programa de colaboração que inclui o InovaHC - núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) -, a Ericsson e a startup NuT, de Natal (RN), para integrar dados. 

O programa começa com o médico, professor, ou equipe de pesquisadores fazendo acompanhamento remoto de cirurgias, disse ao Valor, Marco Bego, diretor do InovaHC. Os dados serão testados e depois o processo vai evoluindo. No futuro, os profissionais poderão influenciar nas cirurgias, inclusive operar remotamente com o auxílio de robôs do centro. “É o início de um projeto maior. Começa pelo centro cirúrgico porque é a maior área do hospital, onde tem mais informações”, explicou. 

 

O HC já atua com telemedicina, disse Bego, mas para procedimentos simples. Com 5G, sua expectativa é poder atender pacientes de qualquer ponto do país. 

Nesse projeto, cada empresa entra com sua própria infraestrutura, tecnologia ou especialidade. Não haverá custos para o Hospital das Clínicas (HC). Segundo os envolvidos, o HC será o primeiro hospital público do Brasil a usar a tecnologia de 5G da internet móvel. 

Os testes começam em até duas semanas e a prova de conceito deve durar em torno de seis semanas. Serão integradas as informações de monitoramento do paciente cirúrgico, anonimamente, em uma base de dados. A partir daí, se poderá fazer o acompanhamento médico remoto até por celular. Os dados serão vinculados aos equipamentos do ‘carro de anestesia’, responsável pelo monitoramento dos sinais vitais durante a cirurgia. 

Com as informações será planejado o passo seguinte, com transferência de imagens em tempo real, streaming, disse Bego. A questão regulatória será alinhada com a Agência Nacional de Saúde (ANS). Será possível avaliar a latência - tempo de resposta aos comandos em uma rede -, velocidade, estabilidade, qualidade e segurança, entre outros itens, na transmissão e demonstração dos dados por 5G. 

“Será um sistema mais eficiente, mais rápido e com mais capacidade, permitirá trabalhar em tempo real e a distância”, disse Tiago Machado, vice-presidente de negócios da Ericsson - fornecedora dos equipamentos 5G. 

Dentro do centro cirúrgico foi instalada a estação radiobase que levará o sinal para as redes 5G da Claro e Embratel. “É uma infraestrutura das duas arquiteturas que conviverão no futuro, ‘non stand alone e stand alone’ [5G em 3,5 GHz]”, disse Machado. 

Rodrigo Duclos, diretor de inovação digital da Claro e fundador do beOn Claro, disse que com Embratel -unidade do grupo Claro para o mercado empresarial - estão pesquisando as aplicações possíveis, a capacidade de desenvolvimento de negócios e parceiros que possam agregar para levar soluções ao mercado de saúde. 

“O HC é o que pode ter de melhor no estado da arte para validar, e com isso a solução testada fim a fim e integrada será levada aos demais hospitais do mercado”, disse Maria Teresa Lima, diretora-executiva da Embratel para governo. 

Fonte: Valor




Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP